Hoje não vou falar de negócios. Nem de marketing, comunicação ou estratégia. Sim, eu sei que isto exclui o álibi que você tinha para ler meus textos no trabalho. Mas, há tempo para tudo, já dizia Salomão, e estes últimos dias do ano criam uma ocasião excelente para reflexão. Para ponderarmos nossas conquistas, revermos nossos fracassos e traçarmos nossas metas. Principalmente as metas de longuíssimo prazo.
Isto porque nossas metas geralmente se limitam ao aqui e agora, como tudo o que escrevo ou falo em minhas palestras de negócios. Tudo isso é importante, mas há algo mais importante. O sábio Rei Salomão escreveu que Deus "colocou a eternidade no coração do homem". Se quiser saber qual o planejamento estratégico de longo prazo -- de eterno prazo -- que esse mesmo rei sugere, leia o último capítulo de um de seus livros, Eclesiastes. Este link leva você até lá.
Como não poderei retribuir todos os e-mails, cartões e mensagens que recebi, quero que receba esta como minha mensagem especial para você que me acompanhou no ano que passou. Como você, também termino o ano com sucessos e fracassos, troféus e cicatrizes. Mas tudo não passou de uma partícula de uma eternidade que ainda nos resta, se analisarmos isso de uma perspectiva maior.
Por esta razão desejo, de todo o meu coração, que não apenas o próximo ano seja de sucesso em sua vida profissional, mas que toda a eternidade que você tem pela frente seja incluída em sua perspectiva pessoal. E as decisões que tomar possam valer para o seu bem, aqui e além. Leia agora a história abaixo, que não fala de negócios. Fala de algo mais. Muito mais.
Mario Persona
DUDA e ELISIÁRIO
Era o ano de 1979 e eu era um jovem idealista lecionando em uma pequena escola em Alto Paraíso, interior de Goiás. Fernando, um colega de faculdade que compartilhava de uma mesma fé, me visitava. Convidei-o para falar a um grupo de pessoas do local; contar a elas a singela história de Jesus, que nasceu numa cocheira porque não havia outro lugar. E morreu como o cordeiro substituto, um sacrifício que os judeus conheciam bem em sua cultura milenar. Uma morte singular.
A primeira pessoa que Fernando conheceu foi Elisiário, que acabara de chegar da Bahia. Foi também o primeiro nome que guardou e a primeira pessoa que convidou. Enquanto caminhávamos pelas ruas do povoado para convidar outros do local, curiosamente encontramos uma segunda pessoa, que também não era dali.
Duda, era seu apelido, uma universitária vibrante e falante, que acabara de chegar do Paraná. Fazia parte do Projeto Rondon para dar assistência ao pessoal da região. Ficou contente com o convite e prometeu que estaria lá. Naquela noite, num pequeno salão de telhas vãs e bancos rústicos, o grupo de convidados se reuniu sob a luz de lâmpadas igualmente sonolentas. Ouviam a história de Jesus e de seu nascimento que tinha um objetivo maior: morrer como substituto, no lugar de cada um dos que ali estavam.
Fernando falou do amor de Deus, entregando Seu Filho para morrer na cruz e assim salvar pecadores. Falou também do desejo que Deus agora tinha, de levar para o céu todos os que cressem no Salvador. Ao encerrar, decidiu dar ênfase a esse desejo de Deus. Por se lembrar do nome de apenas duas pessoas presentes, as quais nem mesmo se conheciam, usou seus nomes no exemplo:
-- Deus quer que você, DUDA, e quer que você, ELISIÁRIO, se encontrem com Ele no céu!
A frase atingiu Duda como um raio. Em lágrimas, nos surpreendeu dizendo que Deus falava em seu coração. Contou que tinha apenas três anos quando seu pai morreu em um acidente de caminhão. Desde pequena, seu maior desejo era um dia conhecer seu pai. Cresceu consolada pelas palavras da mãe: "Duda, um dia você vai se encontrar com seu pai no céu".
Quando ouviu Fernando dizer, "Deus quer que você, Duda, e quer que você, Elisiário, se encontrem com Ele no céu!", ela soube que existia um Deus amoroso, que se importava com ela. Alguém que a trouxera de tão longe, para estar naquela noite e naquele lugar com pessoas que não conhecia, só para ter certeza de que seu desejo de infância um dia se realizaria. Ali Deus comunicava a ela que se encontraria no céu com Elisiário. O mesmo nome de seu pai.
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