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Feliz Nova Infancia! - Mensagem para o Ano Novo
Quer saber o que desejo para você no ano novo? Que você não cresça, não evolua e nem progrida. Desejo, mais do que tudo, que você regrida. Desejo que, no ano que se inicia, ao invés de prometer que vai perder peso, você prometa que vai perder anos de vida. Quero que volte a ser criança.
De volta para o futuro
Dependendo do modo como você procura por uma palavra no Google, o sistema pode abrir um menu "drop down" com sugestões de busca. Quando digitei "France Telecom" o resultado foi macabro.
Dentre as possibilidades sugeridas estavam "france telecom suicídio", "france telecom suicídios", "france telecom suicides" e "france telecom sob pressão com onda de suicídios".
Clicando num link qualquer, descobri que mais de 20 pessoas se suicidaram naquela empresa em um ano, uma fatia considerável das estatísticas francesas para suicídios em ambiente de trabalho. Quem escolhe a empresa como palco para seu ato desesperado acredita que o trabalho seja mais importante do que a própria vida.
Em uma ação inédita, a Renault francesa foi responsabilizada pelo suicídio de um funcionário. A empresa foi condenada a pagar uma indenização simbólica à família, além de garantir uma pensão privilegiada. Isso pode virar jurisprudência, como já ocorre no Brasil com questões envolvendo o assédio moral. Empresas que causam constrangimento a um funcionário podem pagar caro por isso. E suicídio?
A família do funcionário pleiteava que o caso fosse tratado como acidente de trabalho. Dependendo do tipo de atividade ou da insalubridade do ambiente, o trabalho pode efetivamente representar um risco de vida. No caso ocorrido na França, pressão e estresse foram os fatores de risco.
Qualquer um sabe que chefe ruim causa úlcera, mas nenhum chefe, por pior que seja, imagina ver seu funcionário encerrar uma discussão saindo pela janela do quinto andar. Foi o que aconteceu com o chefe do homem que se suicidou. Eu não gostaria de estar na pele de nenhum dos dois.
A onda de suicídios na França pode ser consequência da globalização. Técnicas gerenciais importadas dos disciplinados japoneses podem causar rejeição quando transplantadas em outras culturas. Cada povo reage de maneira diferente à pressão. Em que país você acha que surgiu a expressão "bon vivant"?
Além disso, ao importar uma filosofia gerencial do Japão, existe o risco de se importar também o suicídio. Afinal, o Japão é quase um inventor do suicídio associado a uma causa. Muito antes dos radicais muçulmanos saírem se explodindo por aí você já tinha ouvido falar em Kamikaze e Hara-kiri.
Uma grande parcela dos suicídios no Japão tem mais a ver com a falta de trabalho do que com o excesso deste. Para um japonês é uma desonra ficar desempregado, e não raro o pai de família continua saindo e voltando para casa no horário habitual só para esconder que foi mandado embora. Isso quando volta.
Morrer do trabalho não é exatamente uma forma inteligente de resolver o problema. Se eu trabalho para viver, como posso deixar meu meio de vida se transformar em meio de morte?
Pessoas que se matam por causa do trabalho, ou por qualquer outro motivo presente, se esquecem de que o problema, que hoje parece uma bomba atômica, no futuro pode não passar de um traque. Winston Churchill disse: "Se arranjarmos briga entre o passado e o presente, descobriremos que perdemos o futuro". Se você ler o livro de Jó, ícone do sofrimento humano, verá que muitas vezes ele quis morrer, mas nunca cogitou tirar a própria vida. Essa decisão - ele sabia - cabia a Deus.
Não há nada melhor do que o tempo para nos dar uma perspectiva real das coisas. Eu não acredito que Romeu e Julieta teriam se matado cinquenta anos depois. Uma Julieta flácida e um Romeu careca e barrigudo não seriam um motivo forte o suficiente para alguém tomar veneno.
Não são apenas as circunstâncias que mudam com o tempo. Nós mudamos e nossa maneira de encarar as coisas também. Às vezes tento imaginar o que aconteceria se eu viajasse numa máquina do tempo para me encontrar comigo no passado. Só de pensar me vem à memória uma cena do filme "A dona da história", na qual o cinquentão Antonio Fagundes diz a Marieta Severo algo mais ou menos assim:
Não são apenas as circunstâncias que mudam com o tempo. Nós mudamos e nossa maneira de encarar as coisas também. Às vezes tento imaginar o que aconteceria se eu viajasse numa máquina do tempo para me encontrar comigo no passado. Só de pensar me vem à memória uma cena do filme "A dona da história", na qual o cinquentão Antonio Fagundes diz a Marieta Severo algo mais ou menos assim:
"Você quer mesmo que eu me divorcie de você e arranje uma menina de vinte anos que vai me deixar louco em um mês?"
O mesmo aconteceria se eu me encontrasse comigo no passado. Eu me deixaria louco. Das duas, uma: ou eu acabaria comigo, ou viajaria imediatamente de volta para o futuro. Fico com a segunda opção. O futuro é sempre um lugar melhor.
Quando a Vida nos Machuca Philip Yancey O seu coração grita por Deus, por causa da agonia da perda. Você cai de joelhos sob o peso da dor insuportável. O seu sofrimento rouba a beleza e o prazer da vida, deixando a tristeza, a decepção e a dúvida. Ó Deus, como tu permites que isso aconteça? És, de fato, tão poderoso? Será que tu te preocupas, realmente, com a minha dor? Onde estás quando mais preciso de ti? Philip Yancey conhece bem essas perguntas. Ele as têm feito a si mesmo. Tem também experimentado que o abraço de Deus pode ser mais forte nos momentos de dor. Você está enfrentando a dor emocional ou física? As suas dúvidas podem ser um convite à esperança - uma porta para os generosos dons divinos. Editora: United Press Autor: PHILIP YANCEY ISBN: 8524302607 Origem: Nacional Ano: 2003 Edição: 1 Número de páginas: 58 Acabamento: Capa Dura Formato: Médio |
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O seio da questao
Uma jovem leitora escreveu dizendo que admira meu trabalho. Emocionei-me, pois não é todo dia que 30% de meus leitores escrevem para expressar tal admiração. No email ela dizia: "Quero ser como você, só que com seios". O que respondi?
Prezada M.,
Recebi seu email dizendo que quer aprender comigo e ser igual a mim, só que com seios. Neste caso tenho uma boa notícia: em minha atual pouca forma física e excesso de gordura sob a pele, considere que parte de sua meta já foi alcançada.
Todavia, se você quiser ser também uma profissional do conhecimento, sua verdadeira meta deve estar bem acima dos seios. Não, um pouco mais. Aí ainda são os seios nasais.
Mas, deixando os seios de lado, não sou lá tudo isso que você imagina. Vi que ficou impressionada com meus textos, e eles realmente se impõem pelo volume de conhecimento. Mas devo confessar que ele é, em grande parte, postiço. Por falar nisso, o Google aqui ao meu lado pediu para lhe enviar um abraço.
Eu não seria o que sou sem as empresas implantadas no Silicon Valley, que já vi erroneamente traduzido como "Vale do Silicone". Antes da era Internet eu era apenas um aspirante a escritor catando milho numa máquina de escrever portátil. Se quisesse buscar alguma informação era preciso achar o livro e a página, o que às vezes podia levar horas.
Agora pense em você, que já nasceu no regaço do videogame, cresceu nos braços do computador pessoal e foi amamentada pela Web. Na sua idade eu só via videogame nos fliperamas e usava a rede para dormir. Distração em casa era ler, jogar palito, ou fazer palavras cruzadas, passatempo que conservo até hoje. Eu sei que os médicos indicam palavras cruzadas para quem já passou dos cinquenta, mas eu faço assim mesmo.
É claro que a formação eclética que tive e as diferentes atividades que exerci foram de grande utilidade para minha carreira atual. Se na época elas não ajudaram a ganhar dinheiro, ao menos contribuíram para a coleção de histórias que conto em minhas palestras. E você disse que é exatamente este o seu sonho: ser palestrante.
A maioria dos palestrantes que você vê por aí jamais sonhou com isso, mesmo porque há alguns anos fazer palestras não era profissão. Hoje vivo praticamente de minhas palestras e treinamentos, mas nem nos meus sonhos mais pirados eu teria pensado numa profissão assim. Agora imagine as atividades que ainda poderão surgir, com as quais você nem sonhou!
É importante você ficar atenta às possibilidades e oportunidades e, a partir daí, estabelecer um foco e se apegar a ele. Nelson Mandela me disse que deve ser assim. Não que ele tenha dito isso a mim, com quem nunca falou, mas foi basicamente a idéia que o susteve ao longo dos 27 anos em que esteve preso.
Durante todo aquele tempo ele nunca perdeu seu foco, fazendo da prisão uma universidade que ele e seus amigos chamavam de "Robben Island University". Nos livros, ele escrutinava o conhecimento; no contato com os guardas brancos, o comportamento. Foi essa soma que o deixou afiado no modo de pensar do adversário, para mais tarde negociar com seus opositores.
Além disso Mandela não só mantinha o foco e seguia à risca seu propósito de transformar suas circunstâncias em tempo de aprendizagem, como também insistia com cada prisioneiro que chegava à ilha: "Um dia teremos de dirigir este país. Vamos aproveitar o tempo aqui para nos prepararmos".
O que ele não esperava era que, no intervalo entre sua saída da "universidade-prisão" em 1990, e sua eleição como presidente da África do Sul em 1994, Mandela ainda teria de fazer um curso de pós-graduação em "Decepções Domésticas". Sua esposa Winnie, antes companheira de uma mesma causa, havia perdido o foco. E foi com profunda tristeza que Mandela descobriu que o seio de sua esposa tinha sido dado a outro.
Mandela: Retrato Autorizado Mac Maharaj Mandela: Retrato Autorizado - é a mais recente biografia realmente autorizada de Nelson Mandela, Com prefácio de Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, e introdução do Arcebispo Anglicano Emérito da Cidade do Cabo, Desmond Tutu, o livro conta com 60 entrevistados em todo o mundo. São, portanto, 60 pontos de vista diferentes sobre Mandela, além de destacar as mais variadas facetas de um dos grandes homens do século 20, que promoveu a reconexão entre a justiça e a política. Mac Maharaj e Ahmed Kathrada localizaram todas essas fontes e realizaram uma pesquisa de conteúdo e fotográfica intensa que resultou em uma coletânea de imagens raras e algumas inéditas. Amigos, familiares e pessoas que tiveram alguma ligação com Mandela no âmbito político e religioso, como Bono, vocalista da banda U2, o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton e Tony Blair, primeiro-ministro inglês, deram seus depoimentos. Porém, segundo Mac Maharaj, "o que tornou este livro tão especial foi que ele não mencionou apenas os grandes nomes, permitindo que Mandela seja visto de diferentes perspectivas e experiências, sentidas particularmente". Mandela: Retrato Autorizado se tornou um complemento da autobiografia de Nelson Mandela, "Longo Caminho para a Liberdade" (Companhia das Letras), feita com escritos produzidos durante o tempo em que ficou preso. Mac Maharaj, que passou 12 anos preso em Robben Island, lendária ilha-prisão de segurança máxima ao largo da Cidade do Cabo, com Mandela, comenta que "o livro reuniu um conteúdo tão concreto que materializou a constatação de que os fatos passados durante a transição da África democrata são exatos". Editora: Alles Trade Autor: MAC MAHARAJ & AHMED KATHRADA ISBN: 9788589854153 Origem: Nacional Ano: 2007 Edição: 1 Número de páginas: 355 Acabamento: Capa Dura Formato: Grande |
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Bom humor, mau colesterol
Ela sorriu para mim, por isso decidi levá-la para jantar. Não é sempre que a gente encontra um sorriso assim, muito menos em um supermercado. Tive sorte. Se ela não tivesse sorrido, aquele jantar não teria acontecido.
Um sorriso faz toda a diferença, especialmente no atendimento ao cliente. Ficam excluídos desta obrigação coveiros, carcereiros e proctologistas. Porém, na grande maioria dos casos, o sorriso sempre será bem-vindo e até obrigatório.
Mas como sorrir quando é obrigação? Com a atitude mental adequada, o que você obtém quando aprende a rir de si mesmo e das circunstâncias. Sim, porque o sorrir é um gentil subproduto do rir de si mesmo, uma das técnicas utilizadas para se fazer humor.
Humor é como colesterol: tem do bom e do ruim. O pior humor, e também o mais fácil de se produzir, é o que apela para a linguagem chula, muito usada nos tempos da ditadura e da censura. O pessoal pagava para ir ao teatro rir de palavrão e chamava aquilo de cultura.
Uma variação moderna é a dos programas humorísticos de TV para a terceira idade, ricos em sexo, malícia e colesterol, mas pobres em cenários: quando não é na praça, é na sala de aula.
O humor chulo também é comum entre compositores de funk, pagode ou axé, sei lá, que gostam de brincar com cacófatos. Geralmente quem faz esse tipo de humor, e o público que o aprecia, não sabe o que é cacófato.
Subindo na escala encontramos o "humor às custas do outro", que escolhe uma vítima para debochar. Como acabo de fazer com os compositores de funk, pagode ou axé, sei lá. Esta técnica faz o humorista e sua plateia se sentirem superiores, o que pode ser muito engraçado ou não passar de um patético deboche infundado para chamar a atenção.
Foi o caso do ator Robin Williams na entrevista que deu ao David Letterman. De uma tacada só ele debochou da Oprah, da Michelle Obama e da Pátria Amada, ao comentar a vitória do Brasil para hospedar as Olimpíadas:
“Chicago enviou a Oprah e a Michelle. O Brasil mandou 50 strippers e meio quilo de pó. Não foi uma competição justa”, insinuou Robin Williams enquanto a plateia obedecia ao sinal luminoso que dizia "LAUGH".
O humor seguinte na escala é aquele que faz do próprio humorista a vítima. Quando rio de mim mesmo, eu me fragilizo e me torno deliberadamente vulnerável. É por isso que costumo abrir minhas palestras sorrindo de forma ampla, geral e irrestrita. O público que acha graça, logo entra na minha. O público que não acha, pensa que eu sou bobo e me olha com um olhar caridoso de quem diz: "Ok, vamos dar uma chance a ele".
É esse o humor das pessoas de bom humor, que não têm medo de se expor ao ridículo ou de rir de circunstâncias que, para outras, teria o efeito de uma TPM das bravas. Como diz o ditado, "quem ri de si seus males espanta". Tudo bem, esta é a versão para quem nem cantar sabe.
Finalmente, a forma mais inteligente, nobre e saudável de se fazer humor é quando o humorista transforma a si mesmo e a toda a plateia em vítimas. São as situações nas quais todos, sem exceção, se enxergam ridículos e acabam rindo um riso companheiro e solidário. É como se todos andassem na rua distraídos e batessem a cabeça no mesmo poste ao mesmo tempo.
Este é o humor que desopila o fígado, alivia as tensões e une as pessoas, ao invés de separá-las. É o humor que se transforma em um sorriso duradouro e contagiante, como o sorriso com que ela sorriu para mim na seção de frios do supermercado.
Seus olhos negros como azeitonas, sua pele de um branco que lembrava mussarela, seus cabelos dourados como queijo cheddar e lábios carnudos e vermelhos como uma fatia de salame me fizeram salivar.
A balconista me observava sorridente, enquanto eu a parabenizava por sua criatividade. Coloquei no carrinho a pizza com cara de moça que a balconista criara, e fui para casa jantar bom humor e mau colesterol.
Última foto da pizza feliz minutos antes de meu jantar.
Comédia Corporativa Max Gehringer Coletânea de textos e artigos publicados nos últimos anos pelo escritor Max Gehringer em revistas dirigidas ao público corporativo. Num tom sempre bem humorado, Gehringer ironiza as situações em que tudo dá errado para diretores, gerentes e funcionários das empresas. Editora: Campus Autor: MAX GEHRINGER ISBN: 8535205810 Origem: Nacional Ano: 2000 Edição: 4 Número de páginas: 220 Acabamento: Brochura Formato: Médio |
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